Pensamentos podem indicar autismo

 Decodificação cerebral
Analisar como uma pessoa pensa sobre palavras como "abraço" e "adorar" ajudou pesquisadores a prever o autismo com uma precisão de 97%.
Segundo a equipe, o uso dos sinais cerebrais gerados quando a pessoa lida com conceitos específicos estabelece a primeira ferramenta de diagnóstico de base biológica para detectar o transtorno do espectro autista.
A análise foi feita usando as mesmas técnicas desenvolvidas para ler padrões cerebrais para serem utilizados para controlar equipamentos, como computadores e próteses - os chamados equipamentos "controlados pelo pensamento".
Publicado na revista PLoS ONE, o estudo combinou ressonância magnética funcional (fMRI) e técnicas de aprendizado de máquina para ler e decodificar os padrões de ativação cerebral.

Exame dos pensamentos
Estudos anteriores já haviam demonstrado que os pensamentos sobre objetos ou emoções específicas têm uma assinatura neural muito semelhante entre os indivíduos normais.
A expectativa é que pessoas com transtornos psiquiátricos possam apresentar alterações detectáveis nos padrões de ativação cerebral evocados pelos tipos de pensamentos que normalmente são alterados na sua condição específica.
Marcel Just e seus colegas da Universidade Carnegie Mellon usaram essa abordagem para identificar o autismo através da detecção de mudanças na forma como os conceitos sociais são representados nos cérebros de indivíduos autistas - caracteristicamente avessos às relações sociais.

Pensamentos marcadores
A equipe chama as alterações neurais de "marcadores-pensamento" - em contraste com os biomarcadores, geralmente moléculas indicadoras de alguma condição - porque indicam anormalidades nas representações cerebrais de certos pensamentos que são típicos da doença.

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